Tudo conclui ao fim. A banda surgida de “Casi ángeles” se despede definitivamente, com seis funções do show “El adiós”, que estreia amanhã no Gran Rex. “Clarín” compartilhou uma jornada de ensaio com o grupo.
Há uma sensação de viagem de formandos: alegres de haver crescido, tristes pelo que deixam atrás. E há, também, o trabalho para consciência de uma banda profissional. Assim é o clima que se vive no ginásio onde os TeenAngels ensaiam para sua despedida definitiva do público, que tão fiel tem sido durante seis anos ao grupo musical surgido de Casi Àngeles, o ciclo criado por Cris Morena, que emitiu Telefe.
O adeus: assim se chama o show -produzido por RGB e dirigido por Mariano De María- que se estreia amanhã no Gran Rex, e do que farão seis funções. Os cinco integrantes de TeenAngels -Lali Espósito, Nico Riera, Gastón Dalmau, Peter Lanzani e Rochi Igarzábal- olham para trás, e se assombram pelo que conseguiram (em um longo caminho).
Agora os cinco integrantes do grupo tem encarado projetos pessoais. Lali Espósito se prepara para estrear Las brujas de Salem e poucos dias atrás terminou de gravar La pelea de mi vida, o filme protagonizado por Mariano Martínez que marcará seu debute cinematográfico. Nico Riera e Rochi Igarzábal integram o elenco de Dulce amor (Telefe). Peter Lanzani trabalha em La dueña (Telefe), o unitário protagonizado por Mirtha Legrand. E Gastón Dalmau está recém chegado de New York, onde se instalou para estudar canto, inglês e piano; voltou à Argentina especialmente para a despedida dos TeenAngels, e logo regressará aos Estados Unidos. “Dados os compromissos de cada um, nos complicava muito seguir com a banda”, explica Gastón. “Mas queremos fazer estas seis funções para agradecer aos nossos fãs tudo o que eles nos tem dado”, acrescenta Peter.
Como vivem a despedida?
Lali: É quase uma lei da vida: um se dá conta do que tinha ou do maravilhoso que foi algo que lhe aconteceu, quando termina. É brega, mas real. Agora que nós estamos chegando ao final, um olha atrás e diz: “Deus, tudo o que vivimos juntos durante tantos anos!”.
E com tantos shows que fizeram, durante longos períodos conviveram o tempo todo...
Lali: Sim, claro, nestes anos passamos mais tempo entre nós que com nossas familias. Então, de golpe, seu diretor se transforma em sei tio ou primo, ou fala com um dos músicos de coisas que não fala nem com um amigo.
Nico, Rochi, agora aconteceu de vocês serem um casal em “Dulce amor”. Como resulta esse trabalho?
Rochi: Estamos todo o dia juntos, ensaiando e gravando. Nico é um grande companheiro; me faz rir muito, e temos confiança plena para todas as cenas.
Nico: Algo que me emocionou foi que tivesse tanta repercusão a cena na que cantamos Identidad perfecta, que é um tema do disco de TeenAngels.
Peter, alguma vez havias imaginado que trabalharia com Mirtha Legrand?
Não, não tinha nem ideia de que isso poderia ocorrer comigo. É uma linda experiência, tanto por ela como pelos outros atores com os que tenho cenas, porque aprendo de todos eles. É uma grande ajuda para o meu sonho atual, que é seguir aprendendo e crescer profissionalmente.
Como projetam suas respectivas carreiras?
Lali: Nesta profissão não se pode planejar, e disso temos várias provas: perceba que o que aconteceu com Casi ángeles e TeenAngels superou todas as nossas expectativas. Então, a mim é muito difícil projetar. Por enquanto, tudo o que quero é disfrutar desta despedida da banda, da estreia de Las brujas de Salem, e de me ver no cinema pela primeira vez, além disso, em 3D. Tenho muita expectativa com Las brujas..., porque é completamente distinto de tudo o que fiz até agora; é Arthur Miller! Depois, não sei. Nesta profissão, tudo te surpreende; de golpe, alguém te chama num dia qualquer, e muda sua vida. Espero receber muitos chamados que me surpreendam.
Rochi: Se me coloco para ver minha vida desde fora, agradeço, não sei a quê ou a quem, que me tenha acontecido tudo o que me aconteceu. Somos muito sortudos por ter a oportunidade de disfrutar de tudo isto, e com tanta gente. Se aos fãs lhes serviu nosso trabalho, nosso sentimento é de agradecimento puro. Também nós crescimos e aprendimos muito.
Gastón: Coincido com Lali em que é muito difícil projetar. Depois do show de despedida, volto a New York, para estudar durante um ano, e ver como se controla o mundo artístico ali, para depois, começar a remar outra vez. Tenho vontade de descobrir, de me surpreender. Isso é o que tenho planejado, mas, talvez, em quatro meses muda tudo.
Nico: Eu estou em uma etapa de preparação e treinamento. Estou semeando para poder coseguir no futuro. Atualmente, tenho aulas de teatro, de canto e de guitarra.
Tudo isso com o tempo que te leva gravar uma novela diária?
Nico: Sim, e também pratico boxe duas vezes por semana.
Rochi: Eu, que trabalho com ele cada dia, vejo tudo o que faz, e te juro que muito menos o entendo. Outro dia, Nico estava de um lado para o outro, e no meio, tinha uma aula, eu o olhei, assombrada, e lhe perguntei: “Não te estressa?”. E o que me respondeu foi genial: “Não, sabe o que acontece? Quando estou assim, me sinto vivo”.
Nico: É que eu sinto que é um momento para crescer...
Lali: Quando vejo Nico, Rochi e Peter em suas novelas ou Gastón estudando em New York, me sinto orgulhosa deles e...
As lágrimas de Lali não a deixam terminar a frase. Seus companheios e o diretor começam a chorar. E Lali acrescenta: “Tudo o que aconteceu com TeenAngels depois do programa o devemos às pessoas. É tão básico como olhar desde o palco, e ver que as meninas que tinham 14 anos quando começaram a nos seguir, cresceram, e seguem nos bancando”.
E agora que tem que se despedir, os fãs até se reúnem nos sábados no Obelisco, para lhes agradecer...
Nico: Sim, é o que eles chamam de Reuniões Teenáticas...
Lali: É muito forte tudo o que nos dão -diz, soluçando-. E sugerem que eu eu chore nesta entrevista: que eu chore é todo um acontecimento, porque sempre me faço de dura”.
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